Quando um dos filhos já faz 25 anos, os mais pequenos nos passam em altura, a nossa "ratinha" já quase que dirige uma empresa, o sobrinho já vai para "a noite de Santos", as sobrinhas vão e vêm e vão e vêm, e nos fazem imensa companhia com esse vendaval de alegria que entra e sai de "sopetão" (como dizia o inefável Gabriel Alves)...quando a vida daqueles a quem demos vida e ajudámos, com amor, com preocupação (e quanta irritação, por vezes e alguma impaciência, ai o armário!), às apalpadelas, quantas vezes!, outras com as certezas que vamos adquirindo, quando essa vida desabrocha com a beleza e pujança que irradia desta fotografia e o mano começa a ter uma respeitável barba branca, chegou o tempo de começar uma nova vida, nossa, merecida, desejada de tantas coisas para fazer e viver ainda e da qual eles, os "nossos eternos miúdos" também possam sentir-se orgulhosos e na qual possam participar, como homens e mulheres feitos e amigos e conselheiros, porque não?, a vida é uma cadeia eterna de mãos que se vão dando, de formas diferentes, ora nos puxam,ora empurramos, consolamos, advertimos, recebemos e damos, reparem na fotografia e vejam como as mãos dão continuidade e sentido às gerações, ao carinho, ao compromisso. Nem sempre é fácil reunir todos e nem sempre o ambiente e o quotidiano estão isentos de fricções e desentendimentos, egoismos e orgulhos vãos e mas...há estes momentos de "dar sentido às coisas" e deitar sobre elas uma olhar com um algoritmo que identifica apenas as traves mestras da nossa existência e aponta à essência da nossa vida. E...ficamos a galgar por aí fora no silêncio, a pensar apenas desta maneira que sabe encaixar as peças soltas no sítio certo e às tantas o olhar vem ao de cima e...são todos tão bonitos que ainda por cima dá gosto só olhar.
E por isso vou a correr escrever. Para que as ideias escorram depressa para o papel e dêem espaço às novas que se apressam a tomar forma. Escrever é forrar as paredes interiores de ideias arrumadas.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Manhã de Natal

Manhã de Natal. Há no ar, nos símbolos, nos gestos, nos olhares, nos abraços e palavras partilhadas e distribuídas pela nossa Comunidade afetiva, no coração de todos uma sinceridade, autenticidade e genuinidade de sentimentos que só este dia nos arranca de dentro de nós e os traz à flor da pele. Isso significa que o nosso coração está cheio de amor, bondade e compaixão, que o somos e que só porque não somos coerentes é que não os estendemos aos restantes dias do ano. Todos levamos dentro, cada dia, o dia de Natal. O que sentimos hoje não é artificial. O que é artificial é deixar de o fazer, dizer, sentir no dia a dia dos outros 364 dias do ano. Recorda-lo, recordarmo-nos disto é a grande tarefa de cada um, cada dia. Dou, portanto, um imenso valor a todas as mensagens de Amor que se trocam estes dias porque o Natal e o que para todos representa tem a enorme capacidade de abrir as portas do coração. É só isso. Quando, ao longo do ano, não soubermos praticar o que hoje sentimos, lembremo-nos que o Natal nos mostrou que somos capazes. E sejamos sinceros e coerentes. Custa pouco. Um bom dia de sentimentos de Natal para esta Comunidade de Amigos. A ouvir musica portuguesa porque o coração vestido de Português é mais bonito! E a poesia faz perdurar!
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