Bom dia. Eram seis da manhã quando munida de um longo café e aceso o primeiro vicio, rumei, pelas pontas dos dedos, que mal conseguiam conter a excitação, em direção à minha primeira "no cost e tax free trip" da minha "União Imaginativa" muito particular mas universal, onde Troikas só de Curiosidade, Excentricidade e Refinamento, esta última característica verdadeiramente indispensável para garant...ir que as outras possam ser exercidas sem ser incomodada pela vulgaridade, agressiva, neste últimos tempos. Como o custo é zero, estou protegida. Das leis da matemática retive a que diz que qualquer coisa a multiplicar pelo zero, não sai da casa zero, ou seja, que tudo o que hoje possa acontecer no meu exterior, a multiplicar pelo zero, fica reduzido a nada. É permitido fumar, levar explosivos, perfumes acima dos 100 ml e não nos mandam tirar as botas, nem o cinto nem esvaziar os bolsos. Tão pouco corremos o risco de ter como companheiro de viagem alguém que cheira a ontem, ressona, areja os pés ou tenta conversar. E se assim for, use o zero e verá como tudo se dissolve e pode continuar regressar em paz e sossego ao seu percurso. Divino! 
Abro o Tomo I do Dicionário da Academia das Ciências. Germânica, disciplinada, pelo princípio é que se começa, e deslizo pela melodia da letra A que na Língua Portuguesa é uma sinfonia de sons agudos, graves, guturais, "um veículo multifunções". Diz mais de nós que o bacalhau à Brás ou o Fado. Ela é artigo, preposição, prefixo, pronome pessoal, demonstrativo, locução, é possível ir aos limiares do Universo montado na letra A da Língua Portuguesa, um verdadeiro arauto do fenómeno identitário que somos, símbolo de versatilidade criativa e fonte de inesgotável criatividade. Avanço porque vislumbro mais abaixo a primeira palavra a sério do nosso léxico: "ABA" que não os Abbas suecos que precisaram de dois "bb" para se afirmarem. Nós somos capicuas logo com a primeira palavra do nosso léxico, com apenas três letras, as mais simples, A, B e A, uma versão codificada do “há mar, há mar, há ir e voltar”, peregrinos que somos do além para voltarmos às nossas raízes mais profundas, o nosso inicio, a letra A. Foi o que eu fiz, ir-me para voltar a estar onde estava, embora diferente do que fui, como muitos compatriotas que reproduziram o movimento pendular que caracteriza a nossa mais profunda identidade, este perpétuo vai-à-procura-de-algo pelo mais além fora, para um dia voltar ao ponto de partida, que é a nossa terra. Parece absurdo onde nos leva a palavra ABA, A-B-A, mas seguindo em frente, curiosamente, a segunda palavra que consta do nosso Dicionário é precisamente “AB ABSURDO”, a metodologia que eu precisava para provar o que acabei de enunciar: quando nada é demonstrável, podemos recorrer ao AB ABSURDO para demonstrar a validez do teorema. Não é incrível que estas duas palavras se sigam uma à outra? Somos pendulares e capicuas ab absurdamente e sem sair da letra A. Mas esperem que a minha vista se levantou e esbarrou com outra palavra tão sugestiva como oportuna, nada mais nada menos que o adjetivo “ABADALHOCADO”, não é genial? Vem na sequência do que ontem escrevi, desanimada, sobre a existência de uma espuma apodrecida de gentes que tiranizam o nosso país e a vontade de FAZER BEM que muitos temos e que não conseguimos exercer. Tudo se deve a que sob essa espuma de incompetência, corrupção, inépcia e má-fé, existe uma forma se ser “ABADALHOCADA”, essa forma suja e desmazelada de levar vestidos os princípios e os valores que dá aso a que se gere, nas capas exteriores, essa espuma peganhenta e isoladora que nos impede respirar, lá está, um ambiente ABAFADIÇO, ABAFADO, ABAFANTE, algo assim como uma estância acanhada e bafienta e sem ventilação onde vamos definhando e desaguando lentamente até nos dissolvermos num gasoso e tóxico CO2. E estou ainda e só nas primeiras palavras do nosso alfabeto, imaginem lá que decido viajar até aos confins galácticos da letra Z através dos caminhos e percursos e atalhos de imaginação infinita que nos proporciona a nossa maravilhosa língua que é a PORTUGUESA, a nossa, que a nós se deve e que declinamos e assobiamos e trauteamos por uma escala que supera a dos oitavos e que leva em si, em cada palavra, suculentas e sumarentas imagens que espremidas e alinhadas com humor e sagacidade, nos denunciam cruelmente…bendita Língua Portuguesa que inventa a palavra “abadalhocado” quando o povo se prepara para pedir aos estrangeiros que se vão quando deviam era pegar numa das primeiríssimas palavras do nosso léxico e pregá-la sorrateiramente nas costas de todos aqueles que trituram os princípios e valores sobre os quais queremos, uns, viver e ser e estar. ABDICADORES, ACOMODATÍCIOS, ACABADOTES, ACULTURADOS, ADIADOS, ADORMECIDOS, ADULADORES, AFERROLHADOS, AFREGUESADO, AGASTADO, AGENÉSICO. Ou AGÓNICO e AGONIZANTE…escolham. Á votre guise! Podemos escrever um Manifesto, uma Declaração de Princípios, uma Constituição, uns estatutos apenas com palavras com a letra A. E ainda só vou pelos primeiríssimos percursos da minha maravilhosa viagem através do DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA. Sem IVA nem IRS e sem gastar um Euro!
Abro o Tomo I do Dicionário da Academia das Ciências. Germânica, disciplinada, pelo princípio é que se começa, e deslizo pela melodia da letra A que na Língua Portuguesa é uma sinfonia de sons agudos, graves, guturais, "um veículo multifunções". Diz mais de nós que o bacalhau à Brás ou o Fado. Ela é artigo, preposição, prefixo, pronome pessoal, demonstrativo, locução, é possível ir aos limiares do Universo montado na letra A da Língua Portuguesa, um verdadeiro arauto do fenómeno identitário que somos, símbolo de versatilidade criativa e fonte de inesgotável criatividade. Avanço porque vislumbro mais abaixo a primeira palavra a sério do nosso léxico: "ABA" que não os Abbas suecos que precisaram de dois "bb" para se afirmarem. Nós somos capicuas logo com a primeira palavra do nosso léxico, com apenas três letras, as mais simples, A, B e A, uma versão codificada do “há mar, há mar, há ir e voltar”, peregrinos que somos do além para voltarmos às nossas raízes mais profundas, o nosso inicio, a letra A. Foi o que eu fiz, ir-me para voltar a estar onde estava, embora diferente do que fui, como muitos compatriotas que reproduziram o movimento pendular que caracteriza a nossa mais profunda identidade, este perpétuo vai-à-procura-de-algo pelo mais além fora, para um dia voltar ao ponto de partida, que é a nossa terra. Parece absurdo onde nos leva a palavra ABA, A-B-A, mas seguindo em frente, curiosamente, a segunda palavra que consta do nosso Dicionário é precisamente “AB ABSURDO”, a metodologia que eu precisava para provar o que acabei de enunciar: quando nada é demonstrável, podemos recorrer ao AB ABSURDO para demonstrar a validez do teorema. Não é incrível que estas duas palavras se sigam uma à outra? Somos pendulares e capicuas ab absurdamente e sem sair da letra A. Mas esperem que a minha vista se levantou e esbarrou com outra palavra tão sugestiva como oportuna, nada mais nada menos que o adjetivo “ABADALHOCADO”, não é genial? Vem na sequência do que ontem escrevi, desanimada, sobre a existência de uma espuma apodrecida de gentes que tiranizam o nosso país e a vontade de FAZER BEM que muitos temos e que não conseguimos exercer. Tudo se deve a que sob essa espuma de incompetência, corrupção, inépcia e má-fé, existe uma forma se ser “ABADALHOCADA”, essa forma suja e desmazelada de levar vestidos os princípios e os valores que dá aso a que se gere, nas capas exteriores, essa espuma peganhenta e isoladora que nos impede respirar, lá está, um ambiente ABAFADIÇO, ABAFADO, ABAFANTE, algo assim como uma estância acanhada e bafienta e sem ventilação onde vamos definhando e desaguando lentamente até nos dissolvermos num gasoso e tóxico CO2. E estou ainda e só nas primeiras palavras do nosso alfabeto, imaginem lá que decido viajar até aos confins galácticos da letra Z através dos caminhos e percursos e atalhos de imaginação infinita que nos proporciona a nossa maravilhosa língua que é a PORTUGUESA, a nossa, que a nós se deve e que declinamos e assobiamos e trauteamos por uma escala que supera a dos oitavos e que leva em si, em cada palavra, suculentas e sumarentas imagens que espremidas e alinhadas com humor e sagacidade, nos denunciam cruelmente…bendita Língua Portuguesa que inventa a palavra “abadalhocado” quando o povo se prepara para pedir aos estrangeiros que se vão quando deviam era pegar numa das primeiríssimas palavras do nosso léxico e pregá-la sorrateiramente nas costas de todos aqueles que trituram os princípios e valores sobre os quais queremos, uns, viver e ser e estar. ABDICADORES, ACOMODATÍCIOS, ACABADOTES, ACULTURADOS, ADIADOS, ADORMECIDOS, ADULADORES, AFERROLHADOS, AFREGUESADO, AGASTADO, AGENÉSICO. Ou AGÓNICO e AGONIZANTE…escolham. Á votre guise! Podemos escrever um Manifesto, uma Declaração de Princípios, uma Constituição, uns estatutos apenas com palavras com a letra A. E ainda só vou pelos primeiríssimos percursos da minha maravilhosa viagem através do DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA. Sem IVA nem IRS e sem gastar um Euro!
 
 
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