Novos "QUEM", novos
"COMO", novos "PARA QUÊ", novos "QUANDO". E a que
preço!
Todos dizem que o país precisa de mudar. Que para isso são necessárias reformas. Leia-se de novo o Memorando de Entendimento. O programa dos partidos. O programa do Governo. Todos preconizam reformas, profundas. De tudo. De sectores económicos, do mundo laboral, da Justiça, do Ordenamento do Território, da AdministraçãoPública, da Saúde, da Educação, da Fiscalidade. Agora até se lançou sobre a mesa a reforma constitucional. Nenhuma delas é novidade. Acabei de ler um livro de 2002, elaborado por Sábios deste país, que já as preconizavam a todas. Outro de 2003 de outros Sábios na mesma linha. Algumas delas foram apontadas como "iniludíveis e urgentes" já a finais do século XIX, algumas vezes com tanta mordacidade e estilo, que essas denúncias passaram a ser obras primas da nossa Literatura (leiam-se, entre outras, "As Farpas"). Eu considero-me uma pessoa reformista. E pratico as reformas na minha vida. Subscrevo a necessidade de reformar o país. Não sou especialista em todas as áreas que devem ser reformadas mas percebo o sentido e alcance das mudanças a levar a cabo. Mas desenvolvi, nos meus 15 anos a lidar com catalães, aquele cepticismo impaciente e bruto que eles mostram quando alguém lhes vem com conversa fiada pretendendo vender-lhes "a banha da cobra". E, impaciente ante tanta papelada e discursata reformadora, pergunto-me: Quem, como, para quê, quando e a que preço? Quem, já sei. Os que podendo, nunca reformaram nada. Como, também já sei: sem consultar, sem associar, sem partilhar, sem co-responsabilizar os que devem assumir as reformas. Para quê, não tenho dúvidas: para que tudo mude aparentemente e nada mude realmente e que assim se justifique que venham outros e continuem na mesma calha. Quando, também sei: exactamente quando é menos conveniente e oportuno e não temos os meios nem existem condições para reformar. A que preço? Vê-se: criando todas as condições para que um povo de brandos costumes, espírito mole e profundamente desconfiado e individualista se subleve quase em unísono, de norte a sul, arquipélagos incluídos, e acabe por conseguir uma verdadeira mudança de regime. Para a qual, curiosamente, nem Sábios ou Profissionais da Política deste país previram reforma. Talvez devamos começar por aí: Um regime com novos "QUEM, novos "COMO", novos "PARA QUÊ", novos "QUANDO" e certamente com um preço razoável, equitativo e assumível. Tenho dito!
Todos dizem que o país precisa de mudar. Que para isso são necessárias reformas. Leia-se de novo o Memorando de Entendimento. O programa dos partidos. O programa do Governo. Todos preconizam reformas, profundas. De tudo. De sectores económicos, do mundo laboral, da Justiça, do Ordenamento do Território, da AdministraçãoPública, da Saúde, da Educação, da Fiscalidade. Agora até se lançou sobre a mesa a reforma constitucional. Nenhuma delas é novidade. Acabei de ler um livro de 2002, elaborado por Sábios deste país, que já as preconizavam a todas. Outro de 2003 de outros Sábios na mesma linha. Algumas delas foram apontadas como "iniludíveis e urgentes" já a finais do século XIX, algumas vezes com tanta mordacidade e estilo, que essas denúncias passaram a ser obras primas da nossa Literatura (leiam-se, entre outras, "As Farpas"). Eu considero-me uma pessoa reformista. E pratico as reformas na minha vida. Subscrevo a necessidade de reformar o país. Não sou especialista em todas as áreas que devem ser reformadas mas percebo o sentido e alcance das mudanças a levar a cabo. Mas desenvolvi, nos meus 15 anos a lidar com catalães, aquele cepticismo impaciente e bruto que eles mostram quando alguém lhes vem com conversa fiada pretendendo vender-lhes "a banha da cobra". E, impaciente ante tanta papelada e discursata reformadora, pergunto-me: Quem, como, para quê, quando e a que preço? Quem, já sei. Os que podendo, nunca reformaram nada. Como, também já sei: sem consultar, sem associar, sem partilhar, sem co-responsabilizar os que devem assumir as reformas. Para quê, não tenho dúvidas: para que tudo mude aparentemente e nada mude realmente e que assim se justifique que venham outros e continuem na mesma calha. Quando, também sei: exactamente quando é menos conveniente e oportuno e não temos os meios nem existem condições para reformar. A que preço? Vê-se: criando todas as condições para que um povo de brandos costumes, espírito mole e profundamente desconfiado e individualista se subleve quase em unísono, de norte a sul, arquipélagos incluídos, e acabe por conseguir uma verdadeira mudança de regime. Para a qual, curiosamente, nem Sábios ou Profissionais da Política deste país previram reforma. Talvez devamos começar por aí: Um regime com novos "QUEM, novos "COMO", novos "PARA QUÊ", novos "QUANDO" e certamente com um preço razoável, equitativo e assumível. Tenho dito!
 
 
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