Gostei muito do exercício de desconstrução dos pre-conceitos que existem em torno da intergeracionalidade. Parabéns à Ana, cara, corpo e alma do Movimento "Desconstroi" e a todos os que nele participaram. Desafiarmo-nos através do olhar dos outros é um método extraordinário de fomento da inovação e renovação pessoal. As nossas Verdades não são universais e nem sequer o devem ser para nós próprios porque criam gorduras e colestrol nos mecanismos de regeneração e de mobilidade que nos conduziriam para patamares onde podemos olhar o que nos rodeia com outro grau de abertura, tolerância e compreensão. A este mecanismo-trampolim chama-se inovação. E a inovação é fundamental para acompanharmos as exigências da vida. Vimos um filme onde se iam caracterizando as várias gerações ao longo dos últimos 50 anos. Como viveram e vivem o trabalho, o amor, o lazer, o êxito, os fracassos, etc. E verifiquei, não sem uma certa surpresa, de que apesar de estar longe de pertencer à atual geração partilho bem mais dos seus valores e forma de estar na vida e de a viver do que partilho dos valores que são referência da geração que nasceu nos anos 60, como eu. Ou seja, apesar da diferença de idades e de experiência vital, a distância pode ser zero, deixando sem sentido a noção de inter-geracionalidade. A acumulação de experiência pode ser a tal gordura indesejada que nos impede de nos colocarmos na melhor posição para enfrentar as exigências da vida de hoje. Se não soubermos combater esses depósitos de Verdades universais que vamos construindo ao longo da vida...sem abandonar a riqueza que alguns depósitos têm e que podem ser úteis aos que hoje começam o percurso da vida. Engraçado. Muito engraçado. O que devemos transmitir aos mais novos? E o que nos devem eles ensinar? Só o saberemos se soubermos construir um diálogo franco, aberto, construtivo. Lá está! O exercício era mesmo esse: desconstruir para construir. Com base no diálogo, o ouro da vida. Duas coisas a reter: Capital humano e diálogo. Desconstruir e construir. Bravo, Gustavo Freitas! O UAW vai pelo bom caminho.
E por isso vou a correr escrever. Para que as ideias escorram depressa para o papel e dêem espaço às novas que se apressam a tomar forma. Escrever é forrar as paredes interiores de ideias arrumadas.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Quando um dos filhos já faz 25 anos, os mais pequenos nos passam em altura, a nossa "ratinha" já quase que dirige uma empresa, o sobrinho já vai para "a noite de Santos", as sobrinhas vão e vêm e vão e vêm, e nos fazem imensa companhia com esse vendaval de alegria que entra e sai de "sopetão" (como dizia o inefável Gabriel Alves)...quando a vida daqueles a quem demos vida e ajudámos, com amor, com preocupação (e quanta irritação, por vezes e alguma impaciência, ai o armário!), às apalpadelas, quantas vezes!, outras com as certezas que vamos adquirindo, quando essa vida desabrocha com a beleza e pujança que irradia desta fotografia e o mano começa a ter uma respeitável barba branca, chegou o tempo de começar uma nova vida, nossa, merecida, desejada de tantas coisas para fazer e viver ainda e da qual eles, os "nossos eternos miúdos" também possam sentir-se orgulhosos e na qual possam participar, como homens e mulheres feitos e amigos e conselheiros, porque não?, a vida é uma cadeia eterna de mãos que se vão dando, de formas diferentes, ora nos puxam,ora empurramos, consolamos, advertimos, recebemos e damos, reparem na fotografia e vejam como as mãos dão continuidade e sentido às gerações, ao carinho, ao compromisso. Nem sempre é fácil reunir todos e nem sempre o ambiente e o quotidiano estão isentos de fricções e desentendimentos, egoismos e orgulhos vãos e mas...há estes momentos de "dar sentido às coisas" e deitar sobre elas uma olhar com um algoritmo que identifica apenas as traves mestras da nossa existência e aponta à essência da nossa vida. E...ficamos a galgar por aí fora no silêncio, a pensar apenas desta maneira que sabe encaixar as peças soltas no sítio certo e às tantas o olhar vem ao de cima e...são todos tão bonitos que ainda por cima dá gosto só olhar.
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