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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Quando um dos filhos já faz 25 anos, os mais pequenos nos passam em altura, a nossa "ratinha" já quase que dirige uma empresa, o sobrinho já vai para "a noite de Santos", as sobrinhas vão e vêm e vão e vêm, e nos fazem imensa companhia com esse vendaval de alegria que entra e sai de "sopetão" (como dizia o inefável Gabriel Alves)...quando a vida daqueles a quem demos vida e ajudámos, com amor, com preocupação (e quanta irritação, por vezes e alguma impaciência, ai o armário!), às apalpadelas, quantas vezes!, outras com as certezas que vamos adquirindo, quando essa vida desabrocha com a beleza e pujança que irradia desta fotografia e o mano começa a ter uma respeitável barba branca, chegou o tempo de começar uma nova vida, nossa, merecida, desejada de tantas coisas para fazer e viver ainda e da qual eles, os "nossos eternos miúdos" também possam sentir-se orgulhosos e na qual possam participar, como homens e mulheres feitos e amigos e conselheiros, porque não?, a vida é uma cadeia eterna de mãos que se vão dando, de formas diferentes, ora nos puxam,ora empurramos, consolamos, advertimos, recebemos e damos, reparem na fotografia e vejam como as mãos dão continuidade e sentido às gerações, ao carinho, ao compromisso. Nem sempre é fácil reunir todos e nem sempre o ambiente e o quotidiano estão isentos de fricções e desentendimentos, egoismos e orgulhos vãos e mas...há estes momentos de "dar sentido às coisas" e deitar sobre elas uma olhar com um algoritmo que identifica apenas as traves mestras da nossa existência e aponta à essência da nossa vida. E...ficamos a galgar por aí fora no silêncio, a pensar apenas desta maneira que sabe encaixar as peças soltas no sítio certo e às tantas o olhar vem ao de cima e...são todos tão bonitos que ainda por cima dá gosto só olhar.

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