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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Serei jasmim em flor

Todas as coisas se transformam.
Não existe nem princípio nem fim.
Se hoje sou pessoa, amanhã, porque não,
vir a ser como aquele belo jasmim?
Deixarei de pensar, de ver, de falar e de escrever
de escolher onde viver ou a forma de amar
Serei doçura perfumada, frescura por colher
abraço de luz delicada, fonte de vida a brilhar.
Não sei de onde venho
nem quem escolhe o que sou
mas sei que nesse desenho
de que nada acaba nem nunca começou
eu possuo o engenho
de pensar-me jasmim em flor.



Quem me dera

Oh quem me dera ser vento
e rodear-te com o abraço
destas melodias em que me invento
e re-invento no teu regaço
Sacudirei a folhagem
do Universo todo em flor
perfumarei a tua imagem
com um beijo de amor
Voarei por essa montanha acima
deslizarei pelos verdes até ao mar
rebentarei nessa onda agressiva
Cantarei até as asas cansar
num sopro, baixinho, de lamento
Meu amor, queria tanto ser vento.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

A história do triângulo do amor (a cameleira, a laranjeira e o jacarandá)

Na quietude do despertar do dia, quando o tempo e o espaço ainda dormem silenciosos, gosto de sentar-me neste canto do jardim e apreciar o que a Natureza nos tem para ensinar na sua esplendorosa e mágica linguagem da Beleza e da Harmonia, sinais evidentes de que estamos perante mais um milagre, chamado Amor. Não falamos dele na mesma língua e a nossa complexidade faz com que nos afastemos, sinuosamente, da sua simplicidade. E esta pode ser contada assim:
Era uma vez uma cameleira. Nos seus tempos mais brilhantes era bela e viçosa e oferecia ao mundo camélias tão exuberantes quanto doces e delicadas. Era o meu pai que a apreciava especialmente e quando morreu, a minha mãe passou a por uma camélia na sua fotografia, perpetuando assim a memória de um amor, agora desaparecido. Com o tempo, a cameleira, embora continuasse a enfeitar-se de flores, começou a definhar e pela secura do seu tronco descolorido e áspero, parecia querer explicar ao mundo que a sua missão, nesta vida, estava cumprida. Morrera também a minha mãe e que sentido tinha viver, dizia-se ela, se nada podia trazer-lhe de volta os dois seres que mais amor lhe tinham devotado e a quem se tinha entregue sem reservas, através das suas belas e viçosas camélias? A solidão é a forma mais dura do desamor e foi por isso que veio a laranjeira, para fazer companhia à camélia desolada. Há quem diga que a vida das pessoas continua nas árvores e neste caso, a laranjeira veio também em honra e memória da minha mãe. Não que ela gostasse de laranjas ou apreciasse a árvore em si mas para simbolizar a vida, que continua e, que melhor do que uma árvore de frutos para simbolizar a continuidade do amor que a minha mãe também devotara à cameleira, por amor ao meu pai? Passaram-se meses e a cameleira prosseguia a sua vida triste e murcha até que, diretamente da sua raiz começaram a aparecer uns ramitos verdes, curiosos e temerários, desafiando assim a inexorável caminhada da cameleira para a morte. "Tiram força à árvore, é preciso cortá-los", disseram e assim foi. Mas os ramos pareciam teimar na sua razão de ser e a verdade é que se foram impondo ao ritmo com que a laranjeira passava de adolescente a adulta e ía também vingando tornando-se num belo e robusto exemplar da sua espécie. Parecia que existia, entre ambas, uma ligação invisível, estranha à Razão e inexplicável do ponto de vista da Ciência. Nada prova de que o ressurgimento da cameleira tivesse algo a ver com a presença da laranjeira e nada explica que possa existir uma qualquer cumplicidade, ao estilo da humana, entre seres que não possuem inteligência, apenas vida. E a história acabaria aqui com este final singular e estranho caso este diálogo irreal não tivesse sido alargado a uma outra árvore que entretanto veio habitar o jardim. Falo do jacarandá que depois de ter sido incubado a partir de uma semente resgatada no chão de um passeio em Lisboa, sem nome nem apelido, começou a vingar, num vaso, e de tal forma que foi necessário encontrar-lhe um lugar na terra. O jacarandá, filho único habituado a um habitat protegido e rodeado de precauções, estranhou a vida à intempérie de Sintra e foi perdendo a folhagem exuberante e delicada, dia após dia, inexoravelmente, até à medula. Não houve nada a fazer, proteção que evitasse este descalabro acelerado e vertiginoso para uma morte que se anunciava na magreza, secura e debilidade de um tronco nu. Assisti com preocupação e tristeza a este processo de degradação e decadência e, quando estava prestes a perder a esperança, um dia descobri, nesse tronco moribundo, um pequeno broto, uma folhinha mínima e insignificante que, à semelhança do que acontecera tempos antes com a cameleira, tentava inverter o sentido do destino que parecia tão inevitável. Dia após dia, esta prova de vida foi-se tornando cada vez mais robusta e firme e ao fim de uns tempos, o jacarandá voltava a ter um pequeno e delicado ramo de minúsculas folhas, alinhadas em simetria, e depois outro e mais outro e ainda outro como se fossem soldados a sair em defesa do seu rei, o exuberante e majestático jacarandá. Sentada no vértice deste triângulo mágico, percebi, depois de horas e dias de uma vigilância atenta e sem preconceitos, que a relação mágica que ligara o destino da cameleira ao da laranjeira se tinha estendido ao jacarandá e que esse diálogo sem palavras, sem som, sem prova científica alguma, tinha alargado a cumplicidade vital que tempos antes tinha salvo a cameleira, ao jacarandá vindo de fora.
Hoje, as três árvores crescem e estão plenas de vida e de futuro. A cameleira está prestes a voltar a ser uma árvore jovem, cheia de saúde e vigor e este ano os seus botões darão umas maravilhosas camélias rosadas. A laranjeira ergue os seus braços compridos para o céu como se pretendesse colher as estrelas e dançar com os raios de sol. O jacarandá, esse, sacode ao vento, sem medo, os seus ramos delgados e finos, repletos de folhinhas delicadas e ajuizadamente alinhadas e baila, baila sem parar.
Existirá amor neste mundo que nos é tão estranho e desconhecido e do qual apenas conhecemos a Beleza das suas formas, a vivacidade das suas cores e a delicadeza e exuberância dos seus cheiros? Não terá sido pelo amor da laranjeira que a cameleira decidiu que valia a pena continuar a viver? E não terá sido pela generosidade de ambas que o diálogo se estendeu e acolheu o pobre jacarandá, abandonado à hostilidade implacável das intempéries e lhe deu forças para vingar?
Não sei. Mas sei, porque sinto, nestas horas e momentos que pertencem apenas à Natureza, aqui sentada, no vértice deste triângulo, que delas emanam uma harmonia e uma paz que se expressam na beleza das suas formas, no seu vigor da sua vida e na alegria das suas cores. Elas não têm outra forma de se expressar, não falam a nossa língua e não possuem uma central de comando inteligente que comunique com a nossa. Mas, porque razão seríamos nós, os Seres Humanos, os únicos donos e senhores dessa força misteriosa e encantadora que move montanhas e cura doenças, que adoça a alma e pacifica o coração, dá força para vingar e razão de ser para viver eternamente, chamada Amor? Existe alguma razão plausível que nos atribua, em exclusividade, essa enorme generosidade de dar a vida pelo outro, que é amar? Não sei nem preciso de saber. Apenas imaginar que assim é, contando esta história.



quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O triângulo do amor


Na quietude do despertar do dia, quando o tempo e o espaço ainda dormem silenciosos, gosto de sentar-me neste canto do jardim e apreciar o que a Natureza nos tem para ensinar na sua esplendorosa e mágica linguagem da Beleza e da Harmonia, sinais evidentes de que estamos perante mais um milagre, chamado Amor. Não falamos dele na mesma língua e a nossa complexidade faz com que nos afastemos, sinuosamente, da sua simplicidade. E esta pode ser contada assim:
Era uma vez uma cameleira. Nos seus tempos mais brilhantes era bela e viçosa e oferecia ao mundo camélias tão exuberantes quanto doces e delicadas. Era o meu pai que a apreciava especialmente e quando morreu, a minha mãe passou a por uma camélia na sua fotografia, perpetuando assim a memória de um amor, agora desaparecido. Com o tempo, a cameleira, embora continuasse a enfeitar-se de flores, começou a definhar e pela secura do seu tronco descolorido e áspero, parecia querer explicar ao mundo que a sua missão, nesta vida, estava cumprida. Morrera também a minha mãe e que sentido tinha viver, dizia-se ela, se nada podia trazer-lhe de volta os dois seres que mais amor lhe tinham devotado e a quem se tinha entregue sem reservas, através das suas belas e viçosas camélias? A solidão é a forma mais dura do desamor e foi por isso que veio a laranjeira, para fazer companhia à camélia desolada. Há quem diga que a vida das pessoas continua nas árvores e neste caso, a laranjeira veio também em honra e memória da minha mãe. Não que ela gostasse de laranjas ou apreciasse a árvore em si mas para simbolizar a vida, que continua e, que melhor do que uma árvore de frutos para simbolizar continuidade do amor que a minha mãe também devotara à cameleira, por amor ao meu pai? Passaram-se meses e a cameleira prosseguia a sua vida triste e murcha até que, diretamente da sua raiz começaram a aparecer uns ramitos verdes, curiosos e temerários, desafiando assim a inexorável caminhada da cameleira para a morte. "Tiram força à árvore, é preciso cortá-los", disseram e assim foi. Mas os ramos pareciam teimar na sua razão de ser e a verdade é que se foram impondo ao ritmo com que a laranjeira passava de adolescente a adulta e ía também vingando tornando-se num belo e robusto exemplar da sua espécie. Parecia que existia, entre ambas, uma ligação invisível, estranha à Razão e inexplicável do ponto de vista da Ciência. Nada prova de que o ressurgimento da cameleira tivesse algo a ver com a presença da laranjeira e nada explica que possa existir uma qualquer cumplicidade, ao estilo da humana, entre seres que não possuem inteligência, apenas vida. E a história acabaria aqui com este final singular e estranho caso este diálogo irreal não tivesse sido alargado a uma outra árvore que entretanto veio habitar o jardim. Falo do jacarandá que depois de ter sido incubado a partir de uma semente resgatada no chão de um passeio em Lisboa, sem nome nem apelido, começou a vingar, num vaso, e de tal forma, que foi necessário encontrar-lhe um lugar na terra e foi assim que este se introduziu neste diálogo existencial pre-estabelecido, a relação da laranjeira com a cameleira. O jacarandá, filho único habituado a um habitat protegido e rodeado de precauções, estranhou a vida à intempérie de Sintra e foi perdendo a folhagem exuberante e delicada, dia após dia, inexoravelmente até à medula. Não houve nada a fazer, proteção que evitasse este descalabro acelerado e vertiginoso para uma morte que se anunciava na magreza, secura e debilidade de um tronco nu. Assisti com preocupação e tristeza a este processo de degradação e decadência e, quando estava prestes a perder a esperança, um dia descobri, nesse tronco moribundo um pequeno broto, uma folhinha mínima e insignificante que, à semelhança do que acontecera tempos antes com a cameleira, tentava inverter o sentido do destino que parecia tão inevitável. Dia após dia, esta prova de vida foi-se tornando cada vez mais robusta e firme e ao fim de uns tempos, o jacarandá voltava a ter um pequeno ramo de minúsculas folhas, alinhadas em simetria, e depois outro e mais outro e ainda outro como se fossem soldados a sair em defesa do seu rei, o exuberante e majestático jacarandá. Sentada no vértice deste triângulo mágico, percebi, depois de horas e dias de uma vigilância atenta e sem preconceitos, que a relação mágica que ligara o destino da cameleira ao da laranjeira se tinha estendido ao jacarandá e que esse diálogo sem palavras, sem som, sem prova científica alguma tinha adotado o jacarandá, vetado a uma morte inevitável e irresistível e com isso alargado a cumplicidade vital que tempos antes tinha salvo a cameleira, ao jacarandá vindo de fora?
Hoje, as três árvores crescem e estão plenas de vida e de futuro. A cameleira está prestes a voltar a ser uma árvore jovem, cheia de saúde e vigor e este ano os seus botões darão umas maravilhosas camélias rosadas. A laranjeira ergue os seus braços compridos para o céu como se pretendesse colher as estrelas e dançar com os raios de sol. O jacarandá, esse, sacode ao vento, sem medo, os seus ramos delgados e finos, repletos de folhinhas delicadas e ajuizadamente alinhadas e baila, baila sem parar.
Existirá amor neste mundo que nos é tão estranho e desconhecido e do qual apenas conhecemos a beleza das suas formas, a vivacidade das suas cores e a delicadeza e exuberância dos seus cheiros? Não terá sido pelo amor da laranjeira que a cameleira decidiu que valia a pena continuar a viver? E não terá sido pela generosidade de ambas que o diálogo se estendeu e acolheu o pobre jacarandá, abandonado à hostilidade implacável das intempéries e lhe deu forças para vingar?
Não sei. Mas sei, porque sinto, nestas horas e momentos que pertencem apenas à Natureza, aqui sentada, no vértice deste triângulo, que delas emanam uma harmonia e uma paz que se expressam na beleza das suas formas, no seu vigor da sua vida e na alegria das suas cores. Elas não têm outra forma de se expressar, não falam a nossa língua e não possuem uma central de comando inteligente que comunique com a nossa. Mas, porque razão seríamos nós, os Seres Humanos, os únicos donos e senhores dessa força misteriosa e encantadora que move montanhas e cura doenças, que adoça a alma e pacifica o coração, dá força para vingar e razão de ser para viver eternamente, chamada Amor? Existe alguma razão plausível que nos atribua, em exclusividade, essa enorme generosidade de dar a vida pelo outro, que é amar? Não sei nem preciso de saber. Apenas imaginar que assim é, contando esta história.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O DEVER "INCLINÁVEL" DO AMIGO BASILIO (nas suas próprias palavras)

Por favor ajudem-me a procurar na colorida página web da Câmara Municipal de Sintra o documento eletrónico que disponibiliza informação à Cidadania sobre a compra, pela Câmara Municipal, da casa apalaçada "Mont Fleuri". Sabemos da notícia pela imprensa mas, curiosamente, nada se diz nesta suculenta página web camarária.
Ora, e aqui é que está o "busílis" (infelizmente, não o "basilis" da questão:
Diz o amigo Basílio num "statement" elevado de princípios e firme de propósitos, publicado com foto pessoal nessa mesma página web, a propósito de uma questão tão grave quanto repelente como a corrupção, que "A democracia é, por essência, avessa ao segredo. Para combater que o poder se torne invisível e arbitrário, é necessário construir a sociedade democrática em que os direitos não se limitem nem se esgotem na escolha dos governantes, mas se alarguem ao controle dos respetivo exercício." Bem dito, sim senhor, pensei cá para mim e os propósitos nobres concretizam-se, mais adiante no discurso militante e comprometido, com o seguinte compromisso:
"A transparência na gestão impõe que os documentos que a suportam sejam divulgados, através de meios electrónicos de acesso público, a fim de incentivar a participação de todos e a audiência dos interessados durante os processos de elaboração e de discussão de matérias de interesse coletivo tais como regulamentos, planos, contratos ou orçamentos. Para tanto devem os cidadãos ser informados atempada e de forma clara dos documentos relevantes para o escrutínio da gestão autárquica e verificação da evolução das metas programáticas aí fixadas."
Nem mais! Foi aí que comecei à procura do dito "documento relevante" sobre a compra da casa "Mont Fleuri" para poder "escrutinar a gestão camarária". É que a dita, pelo que sabemos, foi adquirida pelo valor de 2.800.000,00 €, cem mil Euros menos que o total de impostos que o mesmo amigo Basílio diz (num outro espaço da página web) que nos irá devolver este ano à Cidadania...Será que se não se efetuasse esta compra, o amigo Basílio poderia estar a devolver-nos 5.700.000,00€ em impostos? Eu sei que a pergunta é básica mas estamos aqui numa zona em que é necessário ser-se básico ou não fosse a tão proclamada transparência, um princípio básico e linear, que permita compreender facilmente as escolhas e decisões dos governantes e seja acessível a todos, tendo em conta as dúvidas escabrosas que mancham a gestão pública (é o próprio Basílio que identifica esses cumulo-cirros ameaçadores que pairam sobre as cabeças dos políticos portugueses - que não sobre os suecos) e a risota que suscitam, entre a Cidadania, as explicações trapalhonas e sinuosas que costumam ser dadas a este respeito.
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Procuro, desde manhãzinha (Sintra ainda dormia e certamente que o amigo Basílio, também, embora não em Sintra) o dito documento explicativo que me demonstre, por A mais B, de uma forma clara, transparente e carregada de sentido e necessidade, a compra do dito chalé para desviar hipotéticos Altos Dignatários dos hotéis (em concorrência desleal com a iniciativa privada, o que deixaria a Dra. Manuela Ferreira Leite de cabelos em pé), albergar uma "incerta an, incerta quando" coleção de porcelanas da china e custear as férias das "troupes" de dirigentes musicais estrangeiros convidados para a Nova Agenda Cultural Sintrense, saída diretamente da cabeça do amigo Basílio.
Não encontro informação nenhuma que me permita ir mais além desta paródia, porque paródia é este jogo de luzes e sombras que o amigo Basílio anda a praticar connosco, humildes e desconcertados Cidadãos sintrenses. Por um lado acende uma luz (às vezes de cor lilás, é certo) por outra empurra-nos para o alçapão que tem montado aí por volta da linha 35 do seu statement sobre a Transparência Democrática, alçapão este que ele próprio classifica de "lassidão", nas suas singelas palavras e volto a citar: "A lassidão e a opacidade são caminhos para a corrupção"...
Neste momento encontro-me no túnel da opacidade por excesso de lassidão do amigo Basílio e devo dizer que não gosto. Não gosto mesmo nada. Anda uma pulga marota a fazer-me cócegas atrás da orelha e a assobiar-me maus pensamentos acerca da pulcritude da gestão camarária do amigo Basílio e também não gosto disso. Consultada, de acordo com aquilo que me é dito e escrito pelo próprio, eu teria tido outras ideias sobre a aplicação destes 2.800.000,00 € do orçamento da Câmara. Por exemplo: Extensão da zona de parquímetros na Vila de Sintra. Construção de passeios nas ruas adjacentes ao Centro histórico. Canalização das águas das chuvas que descem furiosa e descontroladamente pelas ruas e que causam inundações e infiltrações endémicas, nocivas para a saúde da Cidadania (posso mostrar sequelas). Acho que, para já, seria bem mais útil à Cidadania do que a tranquilidade de espírito de saber que a hipotética coleção de porcelanas da China já tem sítio onde morar para a eternidade, por exemplo.
A transparência é um dever "inclinável dos políticos", como o qualificou o próprio amigo Basílio. Se o virem por aí impante e feliz por se ter conhecido, já sabem: obriguem-no a "inclinar-se" e a cumprir o dever de transparência que ele próprio se impôs. Aproveitem e perguntem-lhe, por mim, sobre a compra desta casa. E que se incline a explicar!

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