Dias em que a paisagem parece feita de vidro tão fino e tão delicado que ando em bicas dos pés e tão silenciosa, tal o medo de interferir e perturbar o encantamento amoroso que se criou nestes instantes à minha volta entre as formas e as cores do universo, uma derivada do amor que pensei que se tinha perdido algures durante a viagem da humanidade através do infinito dos tempos. Afinal existe, esse tal paraíso, recriado neste aparentemente frágil e efémero mas intenso abraço do entardecer ao dia que deixa para trás. A minha alma, de respiração retida e imóvel como uma estátua, será memória do instante inesquecível.
E por isso vou a correr escrever. Para que as ideias escorram depressa para o papel e dêem espaço às novas que se apressam a tomar forma. Escrever é forrar as paredes interiores de ideias arrumadas.
terça-feira, 19 de dezembro de 2023
sexta-feira, 8 de dezembro de 2023
Nel blu…
Sonho que o céu, lá fora, 
está pintado de azul
está pintado de azul
Quando, de repente, 
Me entrou pela alma 
E a raptou
Para voarem juntos
Pelo céu, 
de um azul Infinito. 
Ele há “Dias de Vento Sul”, a não perder!
quinta-feira, 7 de dezembro de 2023
E eu não sabia
Encontro-me contigo, cada dia,
no teu retrato, naquela fotografia
em que te apanharam desprevenido
que não te conhecia.
Sei que evitavas, disfarçavas, fugias,
escondias e eu não sabia,
a alma torturada, doente, obsessiva
sempre vazia, a recomeçar
cada dia
e eu, não sabia
que amar-te, só,
não bastava nem servia.
Vieste para partir, um dia
e deixar-te nesta fotografia 
tu e eu, cada dia,
sem palavras, nem gestos nem melodia,
só o amor que pedias
e eu não sabia.
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