Dias em que a paisagem parece feita de vidro tão fino e tão delicado que ando em bicas dos pés e tão silenciosa, tal o medo de interferir e perturbar o encantamento amoroso que se criou nestes instantes à minha volta entre as formas e as cores do universo, uma derivada do amor que pensei que se tinha perdido algures durante a viagem da humanidade através do infinito dos tempos. Afinal existe, esse tal paraíso, recriado neste aparentemente frágil e efémero mas intenso abraço do entardecer ao dia que deixa para trás. A minha alma, de respiração retida e imóvel como uma estátua, será memória do instante inesquecível.

 
 
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