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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Não é "MAIS MULHERES AO PODER", é "MAIS PROFISSIONALISMO NA POLITICA"



Novos Ministros, novos Secretários de Estado: tudo homens...amigos dos homens que já lá estão, que só convidam homens porque só têm amigos homens e como só se vai para o Governo quando se é amigo de alguém, forçosamente há que ser homem para entrar nesse circulo. Eu não tenho nada contra os homens, rigorosamente nada. O vicio, aqui, é a questão da amizade. E enquanto for a amizade o fator que faz com que se chegue à primeira linha da politica, os que lá estão chamam os amigos. E como os amigos que têm são homens...são eles que ocupam todas as linhas da frente. E como são eles que ocupam todas as linhas da frente e as segundas linhas...a escolha recai sempre sobre um homem. Se a politica fosse feita com profissionalismo e sem necessidade de haver este vinculo exacerbado de confiança pessoal...talvez as mulheres tivessem hipoteses. Mas não. A politica hoje, em Portugal, exige que exista esse vinculo de lealdade que só a amizade ou a dependencia absoluta podem oferecer. Porque existe muita mentira, porque se protegem interesses, porque se omitem factos, porque se manipula a verdade. Um profissional isento não aceita isso. Um profissional honesto não aceita isso. E, portanto, há que rodear-se de fidelidade ou de dependência. Não estou a dizer que uma mulher seja melhor do que um homem. Estou simplesmente a dizer que a exigencia desses vinculos de fidelidade e dependencia fazem com a escolha recaia sobre os mais proximos. E como entre os mais proximos dos que lá estão só há homens...são eles que são escolhidos. Eu não quero mais mulheres na Politica. Quero que a Politica se faça sem recurso a amizades. E se assim fosse, certamente haveria mais mulheres no Poder. Não tenho dúvidas. Há que saber ler a realidade por trás das estatisticas. E usar os argumentos válidos. Não é "MAIS MULHERES AO PODER", é "MAIS PROFISSIONALISMO NA POLITICA". E isso faria com que houvesse mais mulheres na politica e a chegar ao poder.

terça-feira, 9 de julho de 2013


À medida que o tempo vai passando há palavras que deixam de ser usadas para passarem a formar parte dos afetos silenciosos, pensados, sentidos e que cobrem as coisas que nos rodeiam de saudade. Nesta casa que agora é minha e onde eu durante... tantos anos articulei a palavra "mãe" e me senti "filha" é onde o silêncio da ausência pesa mais. Há ainda muitos gestos, muitas rotinas, muitos impulsos, muitas ideias, muitas conversas, muitas perguntas e comentários que são lógicos a cada virar da esquina, a cada momento do dia mas que morrem antes de serem som. E não é que essas rotinas fossem fáceis, pelo contrário, mas os conflitos, recorrentes, eram de estimação e inerentes à estimação. Hoje ainda custa ser só mãe onde, por ser onde estava a minha mãe, também aprendi a ser mãe mas onde fui, acima de tudo, a filha que deixei de ser. Há dias e dias e silêncios que custam mais do que outros. Enfim. É assim, a vida.



domingo, 7 de julho de 2013




Na parede do meu jardim nasceram dois maracujás. O que prova que se todos tivéssemos 3metros quadrados de jardim em casa, até podíamos ser autosuficientes nalguns produtos frescos. Podiam até ser criadas empresas especializadas no cuidado desses pequenos jardins ou hortas caseiras. Empresas certificadoras da qualidade. Predios maiores poderiam transformar os patios em jardins e as crianças, ao chegar a casa podiam ter uma aula de agricutura. Alhuns professores ou eng agronomo...s ou tecnicos agricolas reformados poderiam dar aulas, ensinar, numa nova abordagem à sua profissão. Nada impede que paralelamente à globalização va nascendo um outro movimento que va aprofundando o universo da localização, ou seja, tirar partido do que temos, dar-lhe outro/mais valor e com isso criar lačos interativos entre pessoas que vivem perto umas das outras. Reinventar-se, reinventarmo-nos! Voar com um maracujá que nasceu pendurado mesmo em cima da janela é mais do que ter um simples maracujá nascido debruçado sobre a minha janela (e também sobre os jacarandás adolescentes). Voando em cima do jardim de "ás", como Jack Nicholson em cima do "ninho de cucus". Como dizia ontem, so o capital humano faz estas proezas de voar onde não é possível voar, à partida. A Bolsa de Nova Iorque a duras penas sobe e se algum movimento mais brusco e inesperado faz, é quando desce abruptamente, gerando o caos e o pânico no mundo inteiro! Ora, se eu agora adquirisse o conhecimento e trabalhasse esforçadamente, do meu vôo maracuja iano podia até criar riqueza. Entre o stress novaiorquino e a duvida lisboeta, eu invisto nesta duvida lisboeta que nasce da descoberta de um maracujá atrevido e endiabrado que para vir ao mundo escolheu um lugarzinho ao sol, entre as folhagens que decoram a moldura da janela da minha varanda sobre o Largo Hintze Ribeiro, numa manhã de domingo de sol, calor, luz e cor! Depois disto tudo, não me atrevo sequer a pensar mais em comê-lo à sobremesa! See More

A vida é tão fascinante, tão apaixonante, tão empolgante, tão tão recompensadora, em cada instante, em cada uma das coisas que vivemos, que mesmo quando os olhos se nos enchem de lágrimas porque alguma dor as traz com ela, no fundo de nós é sempre possível sentir gratidão pelo imenso privilegio que é podermos ter uma vida, que nos pertence, que podemos levar por onde quisermos, imprimir-lhe o que somos, adorná-la com o que nos faz feliz, lançar nela as sementes que nos perpetuarão e partilhá-la com quem mais amamos. A história da nossa vida. O livro da nossa existência. O privilégio de ser o autor.

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