Na parede do meu jardim nasceram dois maracujás. O que prova que se todos tivéssemos 3metros quadrados de jardim em casa, até podíamos ser autosuficientes nalguns produtos frescos. Podiam até ser criadas empresas especializadas no cuidado desses pequenos jardins ou hortas caseiras. Empresas certificadoras da qualidade. Predios maiores poderiam transformar os patios em jardins e as crianças, ao chegar a casa podiam ter uma aula de agricutura. Alhuns professores ou eng agronomo...s ou tecnicos agricolas reformados poderiam dar aulas, ensinar, numa nova abordagem à sua profissão. Nada impede que paralelamente à globalização va nascendo um outro movimento que va aprofundando o universo da localização, ou seja, tirar partido do que temos, dar-lhe outro/mais valor e com isso criar lačos interativos entre pessoas que vivem perto umas das outras. Reinventar-se, reinventarmo-nos! Voar com um maracujá que nasceu pendurado mesmo em cima da janela é mais do que ter um simples maracujá nascido debruçado sobre a minha janela (e também sobre os jacarandás adolescentes). Voando em cima do jardim de "ás", como Jack Nicholson em cima do "ninho de cucus". Como dizia ontem, so o capital humano faz estas proezas de voar onde não é possível voar, à partida. A Bolsa de Nova Iorque a duras penas sobe e se algum movimento mais brusco e inesperado faz, é quando desce abruptamente, gerando o caos e o pânico no mundo inteiro! Ora, se eu agora adquirisse o conhecimento e trabalhasse esforçadamente, do meu vôo maracuja iano podia até criar riqueza. Entre o stress novaiorquino e a duvida lisboeta, eu invisto nesta duvida lisboeta que nasce da descoberta de um maracujá atrevido e endiabrado que para vir ao mundo escolheu um lugarzinho ao sol, entre as folhagens que decoram a moldura da janela da minha varanda sobre o Largo Hintze Ribeiro, numa manhã de domingo de sol, calor, luz e cor! Depois disto tudo, não me atrevo sequer a pensar mais em comê-lo à sobremesa! See More

 
 
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