O meu jacarandá sabe melhor do que eu que é uma árvore e não
uma planta ornamental qualquer. Está-me a dizer que precisa de mudar de patamar
de incubação, ou seja, passar para a terra. É a linguagem das plantas. Eu sou
um apenas um "pau mandado", no mundo do vegetal. A nossa pretensa
superioridade advem-nos da nossa miopia existencial. É claro que eu domino o
mundo vegetal: posso cortar a água ao jacarandá e ele morre. Sou superior por
isso? Ter capacidade para matar a vida, neste caso a vegetal, faz de mim um ser
superior? Não achamos isso, pois não? Faz de nós meros assassinos, isso sim e a
vida é o que nos diferencia do Universo frio, escuro e improdutivo. Portanto,
obedeço ao comando do jacarandá porque a minha função no Universo e o que me
superioriza ao resto dos seres vivos é a nossa especial aptidão para fomentar a
criação, a vida, a continuidade. Para isso temos consciência: o
"Criador" deu-nos ferramentas adicionais para zelarmos zelosa e
ativamente pela vida. esse o meu papel em relação com o jacarandá. A fitografia
apenas mostra que o jacarandá está impaciente e que não tenho estado devidamente
atenta. Traduzido por miúdos: levri uma reprimenda e só por boa-vontade é que
não me tira pontos no cartão de ser vivo. Ou não pago multa...isso é que não!
Tenho um enorme respeiyo por qualquer forma de vida mas deixar que o meu
jacarandá se arme em EMEL so porque aprendeu com os que diariamente andam sob a
minha varanda a sacar fundos para alimentar estruturas, isso não. Jacarandá
amigo, irás para a terra simtrense do meu jardim mas sem te armares em esperto.
Estou atenta e viverás! Mas com calma! Um bom dia para todos e todos a favor da
Vida.

 
 
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