Antes de transformar um país é preciso tê-lo sonhado e para transformá-lo é preciso colocar a ambição no impossível, a imaginação e a criatividade no impensável e a generosidade, a dedicação e a entrega no limite.
Hoje, em Portugal não há Políticos, não há Política. Não por falta de estratégia. Não por falta de conhecimento. Não por falta de experiência, mas sim pela falta de motivação, de ambição, de generosidade, de paixão e compaixão pelo próximo. Por egoísmo, por ego-centrismo puro e duro. "O outro" só existe e só interessa na medida em que contribui para a própria felicidade, para a satisfação e glória do ego e, porém, é na felicidade do outro que a própria faz sentido. Extrai-se, em vez de se dar, quando é dando que se recebe. Dependemos todos uns dos outros e no entanto destroem-se sistematicamente os laços que nos unem. Cada um de nós leva o princípio e o fim dentro de si próprio, a razão de ser e no entanto, nunca o indivíduo contou tão pouco e nunca foi tão indiferente, para os políticos, cuidar do indivíduo.
As palavras e as ideias que se esgrimem passam por cima de cada um de nós, não levam o nosso nome nem o nosso apelido, pouco importa a miséria, o infortúnio, a condição de cada um de nós. Não há Política se não houver paixão pelo outro, pela individualidade de cada um e compaixão pela sua condição. E nada disto se traduz em ação política, é porque não há Políticos nem se faz Política, neste país.
O que há são passeios pomposos, sem rumo e sem destino dos egos fechados sobre si próprios. E palavras, muitas palavras, só palavras, ôcas, vãs, estéreis e inconsequentes. Como se lhes pode falar de mudança? De transformação? De sonho? De amor e compaixão pelo indivíduo? Da felicidade das pessoas? Pois estes são conceitos que os afligem, os atormentam, os questionam e põem em causa a sobrevivência de todos esses egos que se compreendem e se protegem num denominador comum de mediocridade individual e ego-centrica, isolado de todos e longe de cada um de nós.
Quo Vadis?
Não há futuro sem sonho. Não há progresso sem ambição. Não há justiça sem amor e compaixão. Não há igualdade sem aceitação. Não há liberdade sem irreverência. E não há mudança sem futuro.
“Every time we think we have measured our capacity to meet a challenge, we look up and we’re reminded that that capacity may well be limitless,” President Bartlet said. “This is a time for American heroes. We will do what is hard. We will achieve what is great. This is a time for American heroes and we reach for the stars.”
 
 
Sem comentários:
Enviar um comentário