Páginas

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Já percebi o que aconteceu à Assunção Esteves e a mim própria

Cheguei a casa e, ainda excitada com o meu conseguimento na barragem da Aguieira, fui a correr pegar no Dicionário da Língua Portuguesa da Real Academia das Ciências para ver se a minha proeza, efetivamente, constava da lista de vocábulos permitidos pela nossa doutrina linguística. Não fosse ter conseguido acabar com um inconseguimento que, afinal não podia ter tido lugar por ser o "inconseguimento" uma inexistência linguística....e, eis senão quando descubro que...o dito, de "incônscio" vai diretamente para o termo "inconsequente" infelizmente sem passar pelo temível "inconseguimento", que tanto pânico causou à amiga Assunção Esteves e a mim própria, que o imaginei e vi figura mitológica camoniana a impedir o meu conseguimento de cruzar a ponte da Aguieira. Estou, portanto, neste momento, com um nível social frustracional elevado, resultante de um conseguimento manifestamente inconseguido. Em Portugal só estão autorizados os "conseguimentos", amiga Assunção. Incônscios, sim. Inconsequentes também. Portanto, já sei o que aconteceu. Estava a Assunção em cima do termo "incônscio" (neste caso, incônscia) preparada para saltar para cima do termo "inconsequente" quando, após o balanço, se viu súbitamente no "inconseguimento", esse vazio linguístico aterrador, que não existe entre ser-se "incônscio" e "inconsequente". Foi a mesma visão que tive hoje ao cruzar a ponte da Aguieira...algo entre a inconsciência e a inconsequência. Graças a Deus, o meu Peugeot tem uma buzina que, oportunamente acionada, me despertou desse terrível pesadelo que é precipitarmo-nos no vazio em que se precipitou a mente da Assunção ao usar o termo "inconseguimento"...Arrasada com este acontecimento, não vejo agora impedimento ao conseguimento de dormir com um "tranquilamento" e um "sossegamento" descansamentados. She is HUGE! Nem na Grécia!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seguidores, fãs, detratores, amigos, interessados