E por isso vou a correr escrever. Para que as ideias escorram depressa para o papel e dêem espaço às novas que se apressam a tomar forma. Escrever é forrar as paredes interiores de ideias arrumadas.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
É por ali que a ficção vive...
O verdadeiro mistério da ficção vive aqui, seguindo pela direita adentro, deixando à esquerda a realidade, para quem se atrever a seguir-lhe o rasto e deixar-se seduzir e cativar por ela. Basta para isso sentarmo-nos, antes do raiar da manhã, neste posto de observação privilegiado e deixar que a poderosa criatividade - essa dama misteriosa vestida de fantasia, que dá pelo nome de musa - nos entre pelos olhos dentro, nos inunde a alma e a deixemos escrever-se a si própria, sem lhe oferecermos resistência nem tentarmos colocar-lhe adereços inúteis ou espartilhá-la com as nossas pequenas vaidades...É a pura das verdades que a ficção vive nesta Estrada que leva Sintra pela mão a passear pelo que um poeta-escritor sempre ansiou e jamais imaginou ser possível: ver com os seus próprios olhos e colher com as suas próprias mãos todos os ingredientes que necessita para escrever uma novela, um romance, negros, rosas ou de cavalaria, uma poesia, uma Ode, um soneto, com rima, sem rima, de escárnio, de amor ou de simples ironia...como escrevia Beaudelaire: "Ennivrez-vous sans cesse. Mais de quoi? De vin, de vertu ou de poésie...à votre guise".
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