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sábado, 20 de janeiro de 2024

Corpo celeste

Não digas nada.

Não preciso que fales
para que me chegue à alma
o que me queres dizer
nesse teu sorriso
radiante de luz,
nesse teu olhar
que escorre mel,
nesse teu jeito
traquinas, adolescente
de insinuares
um corpo
que cobiço
ardentemente.
Somos dois seres celestes
que se atraem e se cruzam
sem saber que se procuram
E se encontram
Numa encruzilhada
Do Universo
Que não é casual.
Tu não és casual,
Mas sim o meu destino
O nosso ponto de encontro
No final do caminho
Cruzado o espaço sideral
Desejado o teu abraço
Desde o início dos tempos
Em que te imaginei
E te sonhei estrela
Do meu firmamento.
Ris-te de mim e dos meus sonhos
Mas é neles que cobras vida
E me sorris e me convidas
A viajar pelo espaço-tempo
Ao início dos tempos
Quando te conheci.
És o meu início
E serás o meu final
Sorriso de luz
Alma de estrela
Abraço infinito
Corpo brilhante e celeste
Que cruza a minha vida
a minha perdição.

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