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domingo, 4 de agosto de 2013


 
Em maré de recordações, pensei que não mas adoro, convictamente, esta pequena religião de colocar a flor junto das fotografias das pessoas que nos fazem falta. A minha mãe tem outras fotografias mais institucional do que esta para estar na sala mas eu escolhi esta, em que esta com o meu tio Jerónimo, com um ar muito natural e cheia de vida. Lembro -me dela assim, vital, alegre, senhora de si. E fui buscar uma jarrinha que eu adoro pelo seu romantismo e delicadeza e pelo facto de poder levar apenas uma flor e não uma flor qualquer mas uma cujas pétalas não pesem como um fardo sobre os braços do anjinho. Uma rosa aberta em pétalas que parecem saiotes de seda em flor. Adoro este quadro, este nicho de saudade e recordação. Outros recantos como este existem na minha memória. Quando cá estou em Sintra, longe dos afazeres, enchem-me o dia. Uma outra forma de cuidar de um jardim. Não por isso menos exigente e menos gratificante.

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