E por isso vou a correr escrever. Para que as ideias escorram depressa para o papel e dêem espaço às novas que se apressam a tomar forma. Escrever é forrar as paredes interiores de ideias arrumadas.
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Uma é minha, outra é tua, outra é de quem a apanhar.
Uma novela escrita a seis mãos. Três pessoas, três olhares, três discursos, três filmes, três registos sonoros, três ensaios sobre uma mesma realidade. Onde está a verdade, onde está a mentira, onde está o certo e o errado, o começo, o final, o que importa e o que não? O que é que é absoluto e o que é relativo, o princípio, meio e fim, no que vemos ou não, no que nos contam, no que pensamos, sentimos, imaginamos? Pode ser divertido, pode ser cómico, pode ser trágico, surreal, inverosímil, angustiante, quem sabe, quem manda, quem diz, quem decide? A vida avança com interrogações, quando as certezas começam a vacilar e entre as brumas começa a despontar um novo caminho, dentro de nós. Corta, apaga, isso não serve, não encaixa, estraga. Mas para mim serve...Mas não faz sentido...para ti, não, mas para mim faz, é uma vírgula. Paramos para deixar que os sons se cruzem, se misturem, se desfaçam e se reorganizem, somos todos ondas num enorme aquário à procura de sermos atraídos pelo íman da criança, hop, fui eu, ganhei! Vá, apaguem a luz, continuamos amanhã, estamos todos cansados, estou farta de andar às voltas, hoje, foi-se-me a inspiração. Escrever é brincar à vida, com palavras. Com as minhas, as tuas, com as de quem as apanhar!.
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