Somos muitos mas dispersos. Somos muitos mas não nos conhecemos. Somos muitos mas temos medo do que nos possa acontecer. Somos muitos mas pensamos que não valemos nada. Somos muitos mas estamos à espera de um alguém. Somos muitos mas só vemos obstáculos. Somos muitos mas não sabemos o que fazer, por onde começar.
Somos os Indignados. E é certo que não contamos muito, para não dizer que não contamos nada. Refilamos, insurgimo-nos, alimentamos tertúlias,enchemos as redes sociais de comentários inflamados, alguns encolhem os ombros, outros deixam escapar um suspiro, o tempo passa, nada muda, nesta geografia da indignação. Não nos leva a nenhum lado, tanta indignação.
Ou leva?
Porque é que nos indignamos? Porque sabemos que o país não está a ser gerido como deveria.
Porque se criou uma extensa teia de interesses cruzados que consome a nossa energia, que limita o nosso potencial coletivo, que impede a tomada de decisões no interesse geral do país. O país está a ser consumido, hipotecado, descapitalizado, vendido. Definha com falta de capital financeiro, capital fundiário, capital humano... Mas não valem, as opiniões. Valem os factos, os dados, as evidências. Há que produzi-las, junto-las, pô-las em cima da mesa. Forçar os debates certos, pedir as responsabilidades certas, pôr o dedo na ferida, com conhecimento e propriedade.
Porque é que nos indignamos? Porque sabemos que o país não está a ser gerido como deveria.
Porque se criou uma extensa teia de interesses cruzados que consome a nossa energia, que limita o nosso potencial coletivo, que impede a tomada de decisões no interesse geral do país. O país está a ser consumido, hipotecado, descapitalizado, vendido. Definha com falta de capital financeiro, capital fundiário, capital humano... Mas não valem, as opiniões. Valem os factos, os dados, as evidências. Há que produzi-las, junto-las, pô-las em cima da mesa. Forçar os debates certos, pedir as responsabilidades certas, pôr o dedo na ferida, com conhecimento e propriedade.
E há que organizar e dirigir certeiramente a informação. São precisas pessoas, pessoas conhecedoras dos assuntos públicos. De todos os ramos. Onde estão essas pessoas? Porque não se juntam? Porque não trabalham em conjunto para que seja levado ao público a informação certa?
Eu acredito que é possível. Que existem pessoas disponíveis, pessoas interessadas, pessoas motivadas, pessoas que facilmente se entusiasmariam se soubessem que podem contribuir para sanear este país sem recurso a demagogias, falsas promessas, aventureirismos inúteis, populismos baratos e irresponsáveis.
Para quê, tanta indignação se não for para dela fazer um motor de mudança positiva e construtiva e uma opção de futuro válida e bem sucedida? Avançar, sem medo, para o debate. As armas não são espetaculares mas são certeiras. Informação e organização. Apenas isso.
 
 
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