A liberdade
A Liberdade é um Valor Fundamental inerente à condição humana. Estruturante da condição humana. Só um ser livre pode desenvolver todo o seu potencial. Todas as suas qualidades. Ser, na sua plenitude. Se regras existem, que limitam a liberdade, elas têm como objetivo preservá-la enquanto valor fundamental e garantir a todos o seu exercício. Como princípio e valor fundamental, a liberdade impregna toda a atividade humana, justifica-a, dá-lhe razão de ser. Deste Princípio Fundamental decorrem outros, como a democracia, que nos garante a liberdade de escolha, a existência de alternativas, a pluralidade de opções. Quando, por variadíssimas razões, limitamos essa possibilidade, a possibilidade de escolher, de dizer sim a uma opção e não, a outra, estamos a condicionar a nossa liberdade, a possibilidade de seguirmos e exercermos, sem consequências de maior, as nossas convicções, os nossos ideais, as nossas preferências, os contextos onde sentimos que nos podemos realizar mais plenamente.
A Europa
A Europa que hoje estamos a construir, é uma Europa que limita as escolhas. Que não oferece a possibilidade de seguir um caminho ou optar por outro. É uma Europa que diz que não podem existir alternativas a um determinado modelo económico, a uma determinada disciplina, a uma determinada visão. Não é a minha Europa. Não é o modelo de sociedade onde quero viver. Não me conformo com o caminho único porque quero ser livre e poder escolher. Mas a verdade é que essa Europa de pensamento único e monolítico agregou um tal poder que hoje, sem querermos e sem sermos conscientes, somos prisioneiros dos seus dogmas, das suas imposições, das suas complexidades, de umas inevitabilidades que nos encurralam e nos limitam angustiantemente a nossa liberdade.
A Europa que hoje estamos a construir, é uma Europa que limita as escolhas. Que não oferece a possibilidade de seguir um caminho ou optar por outro. É uma Europa que diz que não podem existir alternativas a um determinado modelo económico, a uma determinada disciplina, a uma determinada visão. Não é a minha Europa. Não é o modelo de sociedade onde quero viver. Não me conformo com o caminho único porque quero ser livre e poder escolher. Mas a verdade é que essa Europa de pensamento único e monolítico agregou um tal poder que hoje, sem querermos e sem sermos conscientes, somos prisioneiros dos seus dogmas, das suas imposições, das suas complexidades, de umas inevitabilidades que nos encurralam e nos limitam angustiantemente a nossa liberdade.
A liberdade condicionada
Hoje, não existe, na Europa, alternativa credível e viável ao pensamento monolítico ditado pelos países fortes controlados pelo poder financeiro. Não basta e não interessa ser-se contra a Alemanha ou contra a Holanda ou contra os Diktats de um Eurogrupo. De facto, o poder financeiro apoderou-se da voz dos Estados nessa Europa gerida em Bruxelas que, por não ser nem sequer formalmente democrática, não admite oposição. Onde fazer oposição? As veleidades que uns tínhamos de poder construir, um dia, uma Europa plenamente democrática esvaíram-se com a morte da Convenção Europeia e a imposição do intergovernamentalismo. A crise económica, o grande pretexto, foi o golpe de misericórdia nesta Europa de Cidadãos atordoados com as maravilhas inebriantes do poder de compra. Deixamo-nos comprar e hoje estamos todos, todos mesmo, nas mãos daqueles que nos venderam uma felicidade falsa e precária. Chamem-lhe capital, poder financeiro, mercados. Não tem rosto, nem Pátria, nem nome, nem domicílio nem sequer uma morada eletrónica. Mas condiciona irremediávelmente a nossa liberdade e está em vias de enterrar as nossas democracias.
Hoje, não existe, na Europa, alternativa credível e viável ao pensamento monolítico ditado pelos países fortes controlados pelo poder financeiro. Não basta e não interessa ser-se contra a Alemanha ou contra a Holanda ou contra os Diktats de um Eurogrupo. De facto, o poder financeiro apoderou-se da voz dos Estados nessa Europa gerida em Bruxelas que, por não ser nem sequer formalmente democrática, não admite oposição. Onde fazer oposição? As veleidades que uns tínhamos de poder construir, um dia, uma Europa plenamente democrática esvaíram-se com a morte da Convenção Europeia e a imposição do intergovernamentalismo. A crise económica, o grande pretexto, foi o golpe de misericórdia nesta Europa de Cidadãos atordoados com as maravilhas inebriantes do poder de compra. Deixamo-nos comprar e hoje estamos todos, todos mesmo, nas mãos daqueles que nos venderam uma felicidade falsa e precária. Chamem-lhe capital, poder financeiro, mercados. Não tem rosto, nem Pátria, nem nome, nem domicílio nem sequer uma morada eletrónica. Mas condiciona irremediávelmente a nossa liberdade e está em vias de enterrar as nossas democracias.
O furto do bom senso
É tudo uma questão de perspetiva e de visar o alvo certo. O que está em causa não é a mera sustentabilidade das sociedades. Que o condicionalismo que nos impos esse senhor ou senhora que está por trás do poder financeiro não nos tolha a razão! Façam zoom-out. Afastem-se do barulho ensurdecedor dos media, dos peritos, dos conselheiros, dos políticos que servem esse poder financeiro e observem a geografia e a história europeia no seu todo. Porque é todo o continente europeu, o berço da liberdade, a mãe da democracia, a arquiteta do humanismo, a pátria da ciência e da filosofia e a sede do cristianismo universal, que estão ameaçados. Hoje, nós, os Europeus, estamos confinados ao debate sobre condições de disciplina orçamental. Nos nossos Parlamentos,hoje, fazem-se discursos inflamados, de vida ou de morte, sobre o cumprimento ou não cumprimento de regras orçamentais. O Eurogrupo é a nossa preocupação, o nosso referente, a nossa angústia, a nossa miséria. Tolheram-nos o pensamento, arrebataram-nos o espírito, limitaram-nos a razão, furtaram-nos o bom senso. O que é que está verdadeiramente em causa? Longe do dia-à-dia, o que é que deve motivar, realmente, a nossa preocupação? Onde é que devemos colocar o bom-senso? Qual é o nosso dever, enquanto cidadãos, políticos, governantes? Que rezará de nós, a História Europeia, daqui a umas décadas? Que rosto representará a Europa, na História do século XXI da nossa Humanidade, depois de Cristo se, ante a pobreza que se vai agregando, à nossa volta e atinge uma enormíssima proporção dos nossos jovens, da nossa classe média, dos nossos idosos, focalizamos o nosso espírito e concentramos a nossa razão na obediência a um poder financeiro que irá semear mais miséria que as guerras fratricidas que nos ocuparam durante séculos? Seremos mais um Capítulo negro da História da Humanidade.
É tudo uma questão de perspetiva e de visar o alvo certo. O que está em causa não é a mera sustentabilidade das sociedades. Que o condicionalismo que nos impos esse senhor ou senhora que está por trás do poder financeiro não nos tolha a razão! Façam zoom-out. Afastem-se do barulho ensurdecedor dos media, dos peritos, dos conselheiros, dos políticos que servem esse poder financeiro e observem a geografia e a história europeia no seu todo. Porque é todo o continente europeu, o berço da liberdade, a mãe da democracia, a arquiteta do humanismo, a pátria da ciência e da filosofia e a sede do cristianismo universal, que estão ameaçados. Hoje, nós, os Europeus, estamos confinados ao debate sobre condições de disciplina orçamental. Nos nossos Parlamentos,hoje, fazem-se discursos inflamados, de vida ou de morte, sobre o cumprimento ou não cumprimento de regras orçamentais. O Eurogrupo é a nossa preocupação, o nosso referente, a nossa angústia, a nossa miséria. Tolheram-nos o pensamento, arrebataram-nos o espírito, limitaram-nos a razão, furtaram-nos o bom senso. O que é que está verdadeiramente em causa? Longe do dia-à-dia, o que é que deve motivar, realmente, a nossa preocupação? Onde é que devemos colocar o bom-senso? Qual é o nosso dever, enquanto cidadãos, políticos, governantes? Que rezará de nós, a História Europeia, daqui a umas décadas? Que rosto representará a Europa, na História do século XXI da nossa Humanidade, depois de Cristo se, ante a pobreza que se vai agregando, à nossa volta e atinge uma enormíssima proporção dos nossos jovens, da nossa classe média, dos nossos idosos, focalizamos o nosso espírito e concentramos a nossa razão na obediência a um poder financeiro que irá semear mais miséria que as guerras fratricidas que nos ocuparam durante séculos? Seremos mais um Capítulo negro da História da Humanidade.
A alternativa da consciência
Como construir as alternativas a este pensamento monolítico que outro objetivo não tem senão a de enfraquecer a Europa e reduzir os Europeus a escravos de um poder financeiro que já deu provas de quais são os seus Valores, os seus Princípios, os seus objetivos, a sua estratégia e, pior, os seus resultados?
Que fazer chegados ao ponto de não só termos que aceitar limitar a nossa liberdade, abandonar as nossas democracias mas também e parece que definitivamente outros valores que, cristãos ou não, são inerentes ao Ser Humano: a tolerância, o respeito, o amor ao próximo, a caridade, a convivência pacífica. Hoje, os Europeus, temos medo. Fechamo-nos sobre a nossa própria miséria e não queremos ver que não é com bombas nem metralhadoras que deixaremos de ter medo. É a pobreza que nos deve afligir e não as armas.
A alternativa está longe de ser viável. Mas há um começo. E este chama-se consciência. Começa com a informação. O conhecimento. Análise. A reflexão. Só quando ganharmos consciência da realidade é que nos poderemos mobilizar. Reagir. Construir alternativas. Alternativas de bom-senso. Ancoradas sobre a proteção e a defesa da liberdade. Dela decorrem inúmeros outros Valores e Princípios, que virão. Mas hoje, o que está em causa é, definitivamente a liberdade. É esse o pilar que está a ser posto em causa. Não nos iludamos nem fechemos os olhos. É matéria para reflexão. Embora eu seja da opinião que começa a ser tarde para ficarmos no sofá, tranquilamente, a refletir.
Como construir as alternativas a este pensamento monolítico que outro objetivo não tem senão a de enfraquecer a Europa e reduzir os Europeus a escravos de um poder financeiro que já deu provas de quais são os seus Valores, os seus Princípios, os seus objetivos, a sua estratégia e, pior, os seus resultados?
Que fazer chegados ao ponto de não só termos que aceitar limitar a nossa liberdade, abandonar as nossas democracias mas também e parece que definitivamente outros valores que, cristãos ou não, são inerentes ao Ser Humano: a tolerância, o respeito, o amor ao próximo, a caridade, a convivência pacífica. Hoje, os Europeus, temos medo. Fechamo-nos sobre a nossa própria miséria e não queremos ver que não é com bombas nem metralhadoras que deixaremos de ter medo. É a pobreza que nos deve afligir e não as armas.
A alternativa está longe de ser viável. Mas há um começo. E este chama-se consciência. Começa com a informação. O conhecimento. Análise. A reflexão. Só quando ganharmos consciência da realidade é que nos poderemos mobilizar. Reagir. Construir alternativas. Alternativas de bom-senso. Ancoradas sobre a proteção e a defesa da liberdade. Dela decorrem inúmeros outros Valores e Princípios, que virão. Mas hoje, o que está em causa é, definitivamente a liberdade. É esse o pilar que está a ser posto em causa. Não nos iludamos nem fechemos os olhos. É matéria para reflexão. Embora eu seja da opinião que começa a ser tarde para ficarmos no sofá, tranquilamente, a refletir.
 
 
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