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domingo, 1 de junho de 2014

Informação II


A verdade é que o nosso cérebro, imagino eu, apenas faz uso da função computadora para aquilo que é básico. Armazena "bits", infinitos, e põe-nos todos em relação uns com os outros. Se calhar não de uma forma ótima mas da forma mais eficiente que lhe deve ser possível. Mas depois (e continuo a imaginar) deve haver funções mais sofisticadas, em que da armazenagem e interelacionalidade passamos à criação virtual, ou seja, zonas ou momentos onde se criam e se desfazem, à velocidade da luz, universos informativos construídos a partir de processos de previsão espontâneos. Esses Universos informativos virtuais devem existir e imagino que chegam mesmo a formar-se mas devem desvanecer-se logo a seguir por falta de consistência, digo eu. Mas observar esse processo volatilmente criativo, deve ser fantástico. Quando a terceira e quarta dimensões da informação processada no nosso cérebro estiverem ao nosso alcance, nessa altura o mundo, à nossa volta, será para nós, os de hoje, completamente irreconhecível. Tão ou mais estranho do que o mundo do seculo XX poderia eventualmente ser para um cavaleiro medieval viajante no tempo. Tudo isso, imagino eu, deve acontecer hoje, já no nosso cérebro e mais. Só que o ignoramos. Estamos imersos numa realidade informativa que não passa de duas dimensões, dois planos, duas funções básicas. Isto poderá, como é óbvio, não fazer sentido nenhum para ninguém e até ser absurdo. Mas é assim que eu imagino. E não tem nenhuma pretensão, é apenas e tão somente uma deambulação de domingo.

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