 As fotografias que retratam a imponência dos cenários, a épica das palavras e a força dos símbolos não nos devem fazer esquecer a fotografia que melhor descreve a nossa realidade e o nosso destino: a de um dia chuvoso, baço, sem horizonte, frio e inóspito. Quem o molda pouco lhe importa o nosso passado nacional glorioso e ri-se das ambições de um futuro nacional brilhante porque sabe que carregamos uma dívida de tal forma astronómica que para sempre estaremos dependentes das decisões que mais convierem aos credores. E estes o que querem? Querem um Governo que aja como agente dos seus interesses, um Presidente que vá adoçando a vida do povo com histórias entretidas, uma Justiça dirigivel e um conjunto de decisores que a tudo se prestam se com isso se puderem manter no poder ou enriquecer, conforme o âmbito onde atuam. Para quê? Para que neste couto que é o nosso país, os clientes dos credores possam caçar os seus mais diversos prazeres: comprar negócios rentáveis, ter casas bonitas, propriedades apraziveis, reformas douradas. O povo português? Para sempre de canga às costas, dócil, triste e resignado.
As fotografias que retratam a imponência dos cenários, a épica das palavras e a força dos símbolos não nos devem fazer esquecer a fotografia que melhor descreve a nossa realidade e o nosso destino: a de um dia chuvoso, baço, sem horizonte, frio e inóspito. Quem o molda pouco lhe importa o nosso passado nacional glorioso e ri-se das ambições de um futuro nacional brilhante porque sabe que carregamos uma dívida de tal forma astronómica que para sempre estaremos dependentes das decisões que mais convierem aos credores. E estes o que querem? Querem um Governo que aja como agente dos seus interesses, um Presidente que vá adoçando a vida do povo com histórias entretidas, uma Justiça dirigivel e um conjunto de decisores que a tudo se prestam se com isso se puderem manter no poder ou enriquecer, conforme o âmbito onde atuam. Para quê? Para que neste couto que é o nosso país, os clientes dos credores possam caçar os seus mais diversos prazeres: comprar negócios rentáveis, ter casas bonitas, propriedades apraziveis, reformas douradas. O povo português? Para sempre de canga às costas, dócil, triste e resignado. 
Não tenham nem se façam ilusões. Porque por muito que o nosso flamante e recém-estreado Presidente queira o contrário, por muito que António Costa se esforce em recriar cenários de soberania, por muito que nos esforcemos e empreendamos coletivamente, por muito que sejamos "indomáveis inquietos criativos"...a maçã proibida foi comida e o mal está feito. Por isso anda o agora lider da oposição satisfeito, confiante e orgulhosamente só. Porque sabe que foi escolhido pelos que mandam nos credores para ser o gerente desta colónia à beira-mar plantada. Tão confiante anda que até se dá ao luxo de gozar connosco e etiquetar a sua gerência de social-democrata. E tão pacóvios somos, tão embrutecidos estamos, tão baixo descemos na dignidade, tão anestesiada temos a bravura e tão amolecido temos o nosso proverbial espírito satírico que nem sequer temos força para dar uma sonora gargalhada e fazer um valente manguito.
Eu não digo que não haja uma saída. Claro que sim. Mas ela só é equacionável e visivel para quem aceite que a realidade temos e a que nos espera é a que acabo de descrever e que tem lugar behind the scene. O dia de hoje podia ter sido de primavera, como o de ontem mas não foi.
 
 
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