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domingo, 3 de abril de 2016

Não me procures em ti

Não me procures em ti
Porque nem eu sei quem sou
De tantos que sou,
Tantos quanto
me fazem sentido
Quando me procuro
E penso que me encontrei.

Não. Não me encontrarás
Procurando-me em ti ou em mim
Ou a mim, que me procuro
Há tempos e anos sem fim
Em vão pensando
Que sou, alguém
Que não sou.

Sou peregrina de mim
Caminho, errante, declinando-me
Sem rumo, à procura de um ser
Que possa ser em mim
E, assim sendo, ser também em ti

O que procuras de mim.

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