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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Sintra amada




Escrevo, devagar, devagarinho,
as palavras, uma a uma,
com paciência e carinho
numa folha de papel
em branco.
Paro, levanto o olhar
e deparo-me contigo
do outro lado do vidro
num pranto, a murmurar.
E a alma fustigada
pelas gotas na vidraça
estremece na escrita
em busca de uma palavra
que descreva tal desdita.
Porém, Sintra amada
soubesses tu que o teu pranto
essa tua tristeza
de lagrimas derramada
é para mim a beleza
com que te bordo
apaixonada,
em cada palavra,
na folha de papel em branco.

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