E por isso vou a correr escrever. Para que as ideias escorram depressa para o papel e dêem espaço às novas que se apressam a tomar forma. Escrever é forrar as paredes interiores de ideias arrumadas.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Assassina de plantas
Sempre tive uma relação especial com as plantas. Embora seja trapalhona e muito pouco germânica no cuidado que exigem. Mas a coisa é tão curiosa e surpreendente que até parece que existe uma relação qualquer que acontece numa dimensão que me escapa. Quando estava em Bruxelas comecei por ter em casa duas grandes plantas: uma palmeira e um ficus (sempre lhe chamei assim, mas o nome deve ser outro). A verdade é que tinha a certeza de que ambas se dividiam a minha atenção e tinham chegado a um pacto de não agressão entre elas. Isto virou dogma quando comecei a comprar outras plantas. Morreram todas. Em Barcelona estas duas plantas morreram porque a senhora da casa era uma outra palmeira. Todas as que vieram a seguir também morreram. Agora que eu não estou em Barcelona a palmeira está a definhar, coitada...Em Lisboa enchi a casa e a varanda de plantas. Como levo aqui pouco tempo ainda não percebi bem as relações de poder que se vão estabelecendo entre elas. Mas ando atenta...muito atenta! E procuro esconder o carinho que tenho por alguma delas...custa muito viver com a etiqueta de "assassina de plantas"...
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