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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


Estou a pensar que a esta hora estão os pais, irmãos, avós, tios, primos e amigos do João Clode reunidos para lhe dizerem adeus aqui na terra. Num dia tão luminoso como o de hoje, é dificil que haja luz nos corações nesse terrível momento da separação. Não está escrita a imensa dôr que todos sentem nem é possivel evitar a sensação de estar a viver um pesadelo. E no entanto. No entanto, como ontem disse o padre, comovido mas convicto, o João partiu porque Deus o considerou "maior" para aceder a vida eterna. Só a fé na Bondade de Deus permite aceitar que se "arranque" à vida e ao nosso "abraço" de mãe e pai e à "camaradagem" de irmão e amigo, um filho, um irmão e um amigo. Só a fé permite aceitar sem reservas que o vazio do João seja preenchido por um "novo anjo" que vela por todos aqueles que em vida o estimaram. É só elevando o espirito a Deus que os silêncios e vazios e saudades e dor sejam substituídos por uma alegria genuina pela nova presença "mística" do João. Exige fé. Muita fé. Muita fé mesmo! Não posso ir ao enterro. Mas partilho com todos a vontade de ter mais fé. E de pensar que a morte do João é um momento muito especial para renovar a fé ou, para os que a não teêm, abrir-se a ela. O sol brilha. Talvez seja já um primeiro sinal. Poderia chover num dia em que nasce um novo anjo?

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