Um dia ainda hei-de
escrever a sério sobre os peitilhos enervantes, camisolas de lã picantes, os
collants escorregadiços, as botas de chumbo, as gabardines de oleado, as saias
de flanela grossa, os passe-montanha da mesma lã picante, as pastas de
carneira, os pães com manteiga acumulados no fundo das mesmas, o papel
encerado, estrela do ano, que forrava cadernos e livros, a inestimável
pedra-pomes, complemento inseparável da caneta de tinta permanente, o cheiro do
leite quente no tupperware...meu Deus, que enjôo...os papeis dourados e
prateados das estrelas de Natal...e tantos outros postais partilhados com
tantas pessoas que, por terem vivido, sentem o mesmo que eu. Estamos juntos
nesse olhar sobre um passado comum e isso é alegria no estado puro!
 
 
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