Pego no livro de
Daniel Cohn-Bendit e Guy Verhofstadt sobre a Europa. Advogam uma revolução
post-nacional. Primeira página? O de sempre. "Estamos a ser iltrapassados
por..." Mau humor. Começamos mal. Continuo. "A Europa é um Continente
de cabelos grisalhos..." E?, pergunto-me. Qual o mal? Somos um peso? Somos
um desperdício? Somos emplastros? A verdadeira revolução poderia vir destes
cabelos grisalhos cheios de experiência, cheios de vida e ainda cheios de
energia. Porque se faz este raciocinio tão basico? Eu sou grisalha e vejo que
tenho tanta ou mais energia, curiosidade, capacidade inovadora e de adaptação
que os milhões de jovens que andam pelo mundo. Não somos um peso, não! Somos o
capital humano mais qualificado que a Historia da Humanidade jamais produziu.
No dia em que nos fartarmos de ser vistos como chumbo num mundo volatil,
efímero e transitorio. Pego no "Riem ne s'oppose à la vie", da
Delphine de Vigan. Um romance sobre a mãe. Muito mais construtivo e enriquecedor.
 
 
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