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domingo, 20 de janeiro de 2013


Foi no dia em que fui ao Centro de Desenvolvimento Comunitário da Ameixoaira da Santa Casa da Misericordia de Lisboa que me publicaram este artigo no Diário Económico. Fui ouvir e dar apoio aos empreendedores do bairro da Ameixoeira. Quando o escrevi, senti que ía ser um artigo fora do baralho. Porque, a propósito da Europa, só se ouve falar no seu dia-à-dia, contingente, cingido a resolver o imediato, jogos de cintura a curto prazo, sem alcance e fugazes. Falei de valores e arranquei esta necessidade de falar neles olhando para trás, para o momento em que tudo começou. Nessa altura, a guerra era motivo suficiente para apostar na paz. Hoje, a crise é motivo mais do que suficiente para falarmos no valor da Solidariedade, no objetivo da Solidariedade. Mas emperrámos na crise. Que teria sido da Europa se tivéssemos emperrado na guerra? É a Solidariedade que tem que ser construída cada dia, a cada hora, como o foi a paz, em 1950. Na altura tínhamos Políticos marcados pela guerra que acreditavam na Paz. Hoje temos políticos que vivem ao abrigo da crise, são indiferentes ao horror que é a miséria, o desemprego, a fome e a solidão. Somos nós todos que temos que dar uma lição valente a essa casta política desumana e egocêntrica e praticarmos a solidariedade de baixo para cima até conseguirmos varrer a classe políitica instalada. A solidariedade começa nas Ameixoeiras onde podemos dar esperança às pessoas e fazer com que sintam que não estão sós e que tudo o que as Instituições têm é para criar as condições para que ninguém passe mais provações. É um dever moral. A Solidariedade. Um valor para o século XXI. Para a Europa que eu quero construir. Depois de ouvir os aprendizes de empresários da Ameixoeira fez-me sentido o que escrevi. É isso mesmo que é preciso: lutar por valores. Afinal, nao é tão vago como pensava.

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