Páginas

domingo, 29 de janeiro de 2023

 27 novembro


Paris

Imagens, momentos, fugazes, muitos, uns atrás dos outros que captamos, uns em terreiros abertos, amplos, pensados e calculados com regra e esquadro, monumentais e imponentes, acrescentados de arte ao longo dos séculos,  executados por batalhões, carregados de história, outros mais discretos e  pobrezitos, quase a pedir desculpa por estarem implantados em esquinas velhas e apodrecidas, para tapar buracos e no entanto, cheios de charme e poesia e outros ainda criados no interior de espaços velhos, antigos, cheios de objetos, de famílias e tamanhos e consistências e finalidades tão extravagantes quanto sensatas e úteis que provocam, sacodem, estimulam a  nossa imaginação, outros apenas e só feitos de luz, dourada ou branca, em feixes que cruzam a cidade como se fossem meteoritos, ou pendurada no alto de um candeeeiro solitário que está ali mais para ornamentar do que para iluminar ou ainda distribuida por milhares de pontinhos que formam colares de pérolas brilhantes em torno de edifícios sérios, com nome, apelido e linhagem, do primeiro, segundo e terceiro estado, que reconhecemos e que fazem parte da nossa bagagem cultural.

Espaços, construções e luz.  E a forma como se abraçam e dançam e rodopiam e se entrelaçam e se alinham e se beijam, são os momentos tão únicos, tão belos, tão românticos aos quais chamo Paris.


26 novembro 


A cidade da alma em festa

Paris, num entardecer limpido e frio, alcatifado de folhas amareladas. À beira do Sena, que corre sereno, tingido de reflexos dourados, rodeada de uma imponência carregada de história, de poesia, de literatura, pintura, é fácil sentirmo-nos apaixonados. Paris é um lugar de sonho. Um lugar para deixar-se levar pelos sentidos, ao sabor do que vemos, assim sem grandes ondas, como o Sena, o rio mais civilizado e erudito do globo. Abençoada seja, esta cidade feita para festejar a alma!


Sem comentários:

Enviar um comentário

Seguidores, fãs, detratores, amigos, interessados