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terça-feira, 25 de junho de 2024

Eternidade

Bateste à porta, entraste, comeste, dormiste e ficaste. Até hoje, com um sorriso iluminado na face. Éramos miúdos, tão miúdos, nesses verões infindáveis na praia, vestidos, agasalhados de frio, a cobiçar um mar que não era para nós, pelo campo fora na bicicleta que fora de uma avó, risos, gargalhadas, feridas, corridas, de mãos dadas, as sestas prolongadas pela brisa de cambraia, chamavas-me à janela, olhar traquinas, desobediente, encaracolado, sujo de terra, sapato furado. Inauguraste os dias de glória na minha vida, estes que duram para sempre e me dilatam o coração até esses horizontes de fogo e luz diante da nossa história que se desenrola até o abraço se desvanecer e o teu sorriso, o teu terno e eterno sorriso por mim tão amado me bater de novo à porta para me levar nos braços até ao final dos tempos.
Todas as 

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