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terça-feira, 25 de junho de 2024

O Tudo tão óbvio...

É desta forma que "a Comunidade" onde vivo me acolhe para o dia de hoje e não tenho forma de lhe agradecer senão através desta minha linguagem feita tanto de letras e palavras como de gestos e silêncios que não sei se lhe chega a ela, Comunidade e é por ela compreendida...pobre de mim que só sei comunicar com seres como eu e que penso e ajo como se o resto da Humanidade me tivesse que compreender e aceitar esta minha poesia tão rudimentar e limitada...todos os dias me é oferecida uma roupagem tecida de cor, som, cheiro e tacto esplendorosos que faz mais por mim do que a minha própria utopia e no entanto ...não sei sequer agradecer quanto mais sentir que sou parte desta Comunidade que ela sim, sabe comunicar com os outros seres - vivos e inertes - que a compõem. Sou o único ser que ainda é externo, forasteiro, alheio a esta harmonia que usa formas de comunicar tão mais complexas e contudo tão mais simples e eficazes do que a minha. Olho para mim e para os meus e só vejo individualismo, ganância, controlo, poder, depradação, caos e aniquilamento dos próprios e dos outros e algo me empurra para esta outra dimensão onde a Comunidade são todos, é de todos e para todos. O dia nasce desta maneira e com esta generosidade para todos e no entanto...não sei bem como agradecer nem conviver e menos habitar ou sentir-me parte deste todo comum, a Comunidade que afinal é...o Tudo e que é tão óbvio?




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